sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Que tipo de Pai ou Mãe você é?

Posted on 05:36 by João Victor Souza Guimarães

OS PAIS SIMPLISTAS

• Não dão importância aos sentimentos do filho;
• Ignoram os sentimentos do filho;
• Querem que as emoções negativas da filha desapareçam logo;
• Costumam tentar distrair o filho para fazê-la esquecer as emoções;
• São capazes de ridicularizar ou fazer pouco das emoções da filha;
• Acham que os sentimentos da filha são irracionais e, portanto, não contam;
• Demonstram pouco interesse no que o filho está tentando comunicar;
• Podem ser incapazes de perceber as próprias emoções e da dos outros;
• Sentem-se constrangidos, assustados, ansiosos, aborrecidos, magoados ou espantados com as emoções da sua filha;
• Temem descontrolar-se emocionalmente;
• Dão mais importância à superação que ao significado das emoções;
• Acham que as emoções negativas são prejudiciais ou “tóxicas”;
• Acham que ficar pensando nas emoções negativas só vai “piorar as coisas”;
• Não sabem o que fazer com as suas emoções nem a do filho;
• Vêem as emoções da filha como uma exigência para “consertar” as coisas;
• Acham que as emoções negativas mostram que a filha está desajustada;
• Acham que as emoções negativas do filho depõem contra seus pais;
• Minimizam os sentimentos do filho, desmerecendo os acontecimentos que causaram a emoção;
• Não tentam resolver o problema com o filho; acham que os problemas se resolvem com o tempo.

Efeitos do estilo simplista sobre o filho: Ele aprende que seus sentimentos são errados, impróprios, inadequados. Pode aprender que há algo intrinsecamente errado com ele por causa do que ele sente. Pode ter dificuldade em regular as próprias emoções.

OS PAIS DESAPROVADORES

• Demonstram muitas das atitudes dos pais simplistas, mas de uma forma mais negativa;
• Julgam e criticam a expressão emocional da filha;
• Estão preocupados demais com a necessidade de controlar os filhos;
• Enfatizam a obediência a bons padrões de comportamento;
• Repreendem, disciplinam ou castigam a criança por manifestações de emoção, esteja o filho agindo mal ou não;
• Acham que a manifestação de emoções negativas deve ter limites de tempo;
• Acham que as emoções negativas precisam ser “controladas”;
• Acham que as emoções negativas refletem deficiência de caráter;
• Acham que o filho usa emoções negativas para manipular, isso provoca disputa pelo poder;
• Acham que as emoções enfraquecem as pessoas, os filhos precisam ser emocionalmente fortes para sobreviver;
• Acham que as emoções negativas são improdutivas, uma perda de tempo;
• Vêem as emoções negativas (especialmente a tristeza) como um bem a ser poupado;
• Preocupam-se bastante com a obediência da filha à autoridade.

Efeitos do estilo desaprovador sobre o filho: Os mesmos que os do estilo Simplista.

OS PAIS SUPER-PERMISSIVOS

• Aceitam livremente qualquer expressão de emoção por parte da filha;
• Reconfortam o filho que esteja experimentando sentimentos negativos;
• Quase não procuram orientar o comportamento do filho;
• Não orientam o filho sobre as emoções;
• São permissivos, não impõem limites;
• Não ajudam a filha a resolver problemas;
• Não ensinam o filho métodos para solucionar problemas;
• Acham que pouco se pode fazer a respeito das emoções negativas, a não ser afastá-las;
• Acham que administrar emoções negativas é uma questão de hidráulica, basta liberar a emoção.

Efeitos do estilo que permite tudo sobre o filho: Ela não aprende a regular as emoções, tem dificuldade de se concentrar, de fazer amizades, de se relacionar com outras crianças.

OS PAIS PREPARADORES EMOCIONAIS

• Vêem nas emoções negativas uma oportunidade de intimidade;
• São capazes de perder tempo com um filho triste, irritado ou assustado, não se impacientam com a emoção;
• Percebem e valorizam as próprias emoções;
• Vêem nas emoções negativas uma oportunidade importante para agirem como educadores;
• São sensíveis aos estados emocionais da filha, mesmo os sutis;
• Não ficam confusos nem ansiosos com a expressão de emoção da filha, sabem o que precisa ser feito;
• Respeitam as emoções do filho;
• Não ridicularizam nem fazem pouco das emoções negativas do filho;
• Não dizem como a filha “deve” se sentir;
• Não sentem que precisam resolver todos os problemas para o filho;
• Usam os momentos de emoção para:
- escutar o filho;
- demonstrar empatia com palavras tranqüilizadoras e afeição;
- ajudar o filho a nomear a emoção que ele está sentindo;
- orientar na regulamentação das emoções;
- impor limites e ensinar manifestações aceitáveis da emoção;
- ensinar técnicas de solução de problemas.

Efeitos do estilo preparador emocional sobre o filho: Ele aprende a confiar em seus sentimentos, regular as próprias emoções e resolver problemas. Tem auto-estima elevada, facilidade de aprender e de se relacionar com as pessoas.

O que muda quando o filho tem pais preparadores emocionais?
O filho que têm preparo emocional são fisicamente mais saudáveis e apresentam melhor desempenho acadêmico do que os que não têm. Estes filhos se dão melhor com os amigos, têm menos problemas de comportamento e são menos propensas à violência. E o que é mais importante, têm menos sentimentos negativos e mais positivos. Em resumo, são mais saudáveis emocionalmente também.
Os filhos com preparo emocional são mais flexíveis. Elas não deixam de ficar tristes, irritadas ou assustadas em circunstâncias difíceis, mas têm mais capacidade de se acalmar, sair da angústia e procurar atividades produtivas. Em outras palavras, são mais inteligentes emocionalmente.


Texto retirado do livro:
Inteligência Emocional e a Arte De Educar Nossos Filhos
John Gottmam

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